PERMACULTURA

PERMACULTURA
SEJA A MUDANÇA NO MUNDO!

quarta-feira, 25 de abril de 2007

POLÍTICA

Muito se fala sobre política. Muito se fala, é bem verdade, superficialmente. Às vezes de politicagem... do que a grande mídia (golpista) quer que se fale... Mas o que é ser politizado? Na Caros Amigos (Ano XI n.121 de Abril de 2007) Emir Sader refletiu sobre. Vale a pena entender essa linha de pensamento!
O QUE É SER POLITIZADO
Ser politizado é entender como funcionam as relações de poder em cada sociedade e no mundo em geral. É compreender que, por trás das relações de troca no mercado existem relações de exploração. Que, por trás das relações de voto, existem relações de dominação. Que, por trás das relações de informação, há um processo de alienação.
Ser politizado, no mundo de hoje, significa compreendê-lo no marco das relações capitalistas de acumulação e de exploração. Representa entender o mundo no marco da hegemonia imperial estadunidense, baseada na força militar e na propaganda do modo de vida estadunidense.
Ser politizado é compreender que tudo o que existe foi produzido historicamente, pelas relações entre os homens e o meio em que vivem. Ou melhor, entre os homens, intermediados pelo meio em que vivem. E que, portanto, tudo o que foi construído pelos homens pode ser desconstruído e reconstruído. Que tudo é histórico. Que a própria separação entre sujeito e objeto - que nos aparece como "dada" - é produzida e reproduzida cotidianamente mediante relações econômico-sociais alienadas.
Ser politizado é saber subordinar as contradições menores às estratégias, saber que as contradições com o capitalismo são sempre também contra o imperialismo, pela fase histórica atual do capitalismo.
E o que é ser despolitizado
Já ser despolitizado é achar que as coisas são como são porque são como são, sempre foram assim e sempre serão. É considerar que as pessoas sempre buscam tirar vantagens que não têm grandeza para lutar desinteressadamente por um mundo melhor. Que o que diferencia as pessoas é a ambição de melhorar na vida, que a grande maioria não tem jeito mesmo.
Entre o ser politizado e o despolitizado está a alienação, a falta de consciência da relação entre nós e o mundo. Alienar é entregar o que é nosso para outro - como diz a definição jurídica em relação a bens. Ser alienado é não perceber a presença do sujeito no objeto e vice-versa, sua vinculação indissolúvel.
A luta pela emancipação humana é uma luta contra toda forma de exploração, de dominação, de discriminação, mas, antes de tudo e sobretudo, uma luta contra a alienação - condição de todas as outras lutas.

terça-feira, 24 de abril de 2007

As coisas são relativas...

Estou sentindo que o tempo vai mudar... É algo que sinto aqui no lugar do osso que fraturei no passado... Uma grande mudança no tempo... Que tempo? ah... isso somente ele dirá... Enquanto isso, pra pensar, reproduzo aqui uma das crônicas, escritas pelo grande Georges Bourdoukan, no seu excelente Vozes do Deserto:
TUDO É RELATIVO
Descansava ao lado de uma fonte quando dois viajantes se aproximaram, discutindo. Um dizia que ele é que praticara o bem. O outro retrucava dizendo que a boa ação fora dele.
- Mestre - disse o primeiro-, há poucos instantes eu tentei abater um animal que poderia nos alimentar, mas o meu companheiro espantou-o. O senhor não ahca que ele praticou uma ação maldosa ao nos deixar sem alimento?
- Sim - respondeu -, ele praticou uma ação maldosa.
Espantado, o segundo retrucou:
- Mestre, ao salvar a vida do animal, eu não pratiquei uma ação bondosa?
- Sim, você praticou uma ação bondosa ao salvar a vida do animal.
Intrigados, os dois queriam saber como era possível terem praticado ao mesmo tempo o bem e o mal.
Percebendo a dúvida de ambos, retirou da mochila uma garrafa cheia de líquido. Perguntou ao primeiro:
- Consegue reconhecer a cor do líquido?
- É azul! - respondeu, convicto.
Guardou a garrafa na mochila e retirou outra.
- E você - perguntou ao outro -, reconhece a cor deste líquido?
- Claro! - foi mais enfático. - É verde!
- Vejam - disse, despejando o conteúdo das garrafas.
Surpresos, viram que a água era a mesma da fonte, branca e cristalina. As garrafas é que eram coloridas.
- O bem e o mal - concluiu - dependem do ponto de vista de cada um. É como a cor da água. Ela é a cor do recipiente...
Um coelho parou ao lado, interrompendo a explicação. Imediatamente foi abatido pelo mestre.
- Mestre - falaram ao mesmo tempo -, por que matou o coelho, causa de nossa discussão?
- Vocês chamam isso de coelho?
Intrigados e esperando outra explicação filosófica, perguntaram:
- Que nome o senhor dá a ele?
- Refeição!

segunda-feira, 23 de abril de 2007

tá chegando o 28 de abril...

Nesse 28 de Abril, dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidente do Trabalho, lembremos algo que pode se tornar mais comum, dia após dia, entre nós, nestes tempos de combustíveis gerados com matriz na fotossíntese. Lembremos da cena a seguir, vida real. Trata-se de um relato, uma carta:

“Deus lhes pague”

Fiquei me perguntando nestes dias se o Sr. José Pereira Martins, com 51 anos, residente em Guariba amou na quara-feira (28/03) como se fosse a última, se beijou sua mulher como se fosse a última e se tendo filhos, os beijou como se fossem únicos. E se atravessou, com passo tímido, a madrugada atrás da sua condução, se cortou a cana como se fosse máquina e se carreou a cana num desenho mágico. Com toda a licença de Chico, a interpretação da música construção hoje acaba denunciando, retratando o que acontece com os trabalhadores nos canaviais brasileiros.
O Sr. José Pereira foi a 18º trabalhador rural morto cortando cana-de-açúcar na região de Ribeirão Preto desde 2004, segundo a Pastoral do Migrante de Guariba. Segundo a Delegacia Regional do Trabalho, só em 2005, no Estado de São Paulo foram alarmantes 416 mortes de trabalhadores, relacionada com o corte da cana-de-açúcar. Mesmo assim, parece que vivemos uma fantasia, numa bolha, pois, os usineiros e o Governo enxergam inúmeros benefícios para o povo e os anunciam aos quatro cantos, tentando convencer a população de que serão inúmeros os benefícios (mas na realidade para quem serão?) do plantio da cana e do aumento na exportação do álcool, - que branco aos olhos leva incutido o vermelho, o sangue e a vida destes trabalhadores brasileiros.
Ninguém está se preocupando com a degradação do solo, do meio ambiente e nem com as condições do trabalho e nem com a saúde dos trabalhadores. Estamos substituindo as culturas para alimentar a população para plantar cana. No entanto, toda esta situação é secundária, é superfula, não pesa na balança comercial, não influi no superávit primário, estas mortes apenas viram estatísticas distanciadas do valor do álcool e de seus beneficiários, invertendo o valor evidente da vida humana, acontecimento típico do capitalismo atual. O valor do álcool vale mais que a vida do ser humano. Está evidente a coisificação humana.
Os trabalhadores poderiam se conformar com a construção histórica deste destino deixando suas vidas se esvaírem com o bagaço da cana. Mas não, demonstram diuturnamente suas indignações, suas lutas e seus otimismos em suas ações, marchando, plantando a esperança, resistindo com paixão, humanizando nossa terra.
Por tudo isso, do jeito que a situação está sendo discutida e encaminhada pelo governo, da forma épica com que os “Heróis Brasileiros” estão sendo tratados, enquanto se organizam para lutar contra esta situação os trabalhadores cantarão agradecendo ironicamente: deus lhes pague pela certidão para nascer, deus lhes pague pela concessão para sorrir, deus lhes pague por nos deixar respirar e nos deixar existir e deus lhes pague pelo trabalho degradante e pela morte e desgraça nos canaviais. Enquanto alguns dormem o povo se agita.

Roberto Galvão Faleiros Júnior, advoga em Ribeirão Preto, é integrante do Seminário Gramsci, da União Geral das Forças Democráticas e da Associação Brasileira de Reforma Agrária.

NO DIA 28 DE MARÇO DE 2007 FALECEU O SR. JOSÉ PEREIRA MARTINS, 51 ANOS, NATURAL DE ARAÇUAÍ - MG, RESIDENTE EM GUARIBA. ESTAVA TRABALHANDO NO PLANTIO DA CANA, USINA BONFIM - GRUPO COSAN. APÓS O ALMOÇO SENTIU-SE MAL E VEIO A FALECER. CAUSA DA MORTE INFARTO.

Pastoral do Migrante
29/03/2007

domingo, 22 de abril de 2007

o que é ser de esquerda ?

Ser de esquerda deveria ser optar pelos pobres, optar pela justiça, condenar o capitalismo e o liberalismo, possibilitar participação real do povo. Sempre tem tido gente mais radical ou menos, mas hoje se está querendo justificar umas certas esquerdas que acabam sendo, quando muito, o centro. E eu digo que o centro não existe, ou é direita ou é esquerda. Hoje, a atuação da esquerda é muito dispersa no Brasil. Partidos e sindicatos já não são hegemônicos como foram ou poderiam ser. A movimentação popular, como, por exemplo, os sem-terra, sem-teto, as próprias Comunidades Eclesiais de Base, a contestação livre, espontânea contra decisões do governo, contra esse mundo de aliança de todos os gêneros, representa uma sensibilidade nova, mais ou menos difusa, que permite que digamos hoje, no Brasil e na América Latina, há uma virada para a esquerda, meio indefinida, mas perceptiva. Portanto, o tema da nossa Agenda Latino-Americana Mundial, que preparamos a cada ano, para o ano que vem, 2008, tem como tema "A política morreu, viva a política!" Se espera uma nova política. DOM PEDRO CASALDÁLIGA (BISPO CATÓLICO) in Caros Amigos - Ano XI número 121, Abril 2007

PERMACULTURA

Retiro do site da rede PERMEAR de permacultores (http://www.permear.org.br/permacultura/) o introdutório sobre o termo e o tema: PERMACULTURA, vale a pena 'linkar" e navegar em algo que não afunda...

O que é Permacultura?

Em poucas palavras, dizemos que Permacultura é: um sistema de planejamento para a criação de ambientes humanos sustentáveis. Seus princípios teóricos e práticos são uma síntese das práticas agrícolas e conhecimentos tradicionais e das descobertas da ciência moderna visando o desenvolvimento integrado da propriedade.
A Permacultura oferece as ferramentas para o planejamento, a implantação e a manutenção de ecossistemas cultivados no campo e nas cidades, de modo a que eles tenham a diversidade, a estabilidade e a resistência dos ecossistemas naturais. Alimento saudável, habitação e energia devem ser providos de forma sustentável para criar culturas permanentes.

Por que Permacultura?

Porque tendo como base o planejamento consciente, a Permacultura torna possível, entre outras coisas, a utilização da terra sem desperdício ou poluição, a restauração de paisagens degradadas e o consumo mínimo de energia. Quando a ação do permacultor se volta para áreas agrícolas, o resultado é a reversão de situações dramáticas de degradação sócio-ambiental.
Todo sistema permacultural deve evoluir, com designs arrojados, para a construção de sociedades economicamente viáveis, socialmente justas, culturalmente sensíveis, dotadas de agroecossistemas que sejam produtivos e conservadores de recursos naturais.
A Permacultura exige uma mudança de atitude que consiste basicamente em fazer os seres humanos viver de forma integrada ao meio ambiente, alimentando os ciclos vitais da natureza. Como ciência ambiental, reconhece os próprios limites e por isso nasceu amparada por uma ética fundadora de ações comuns para o bem do sistema Terra.
Os australianos Bill Mollison e David Holmgren, fundadores da Permacultura nos anos 70, buscaram princípios éticos universais surgidos no seio de sociedades indígenas e de tradições espirituais, que estão orientados na lógica básica do universo de cooperação e solidariedade.

L´INIZIO DEL BLOG - MONDO LOCALE - BOTUCATU

Salve, salve!
Até que demorou mas me arrisco a começar um blog.
Espero contribuir aqui com fatos, idéias e articulação para um mundo melhor. Um mundo melhor que é possível!
Sabemos que a mídia e o sistema capitalista nos fazem moídos, individualizados, nos fazem gado humano. Acho que espaços como esse podem ser fissuras desse sistema hegemônico e podre de poder.
Acho.
Vamos nos conversar.
Os ideários são vivos. Só estão escondidos... vamos tirar as vendas...